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A INFODEMIA: mais uma doença a ser combatida


A palavra INFODEMIA se refere a um grande aumento no volume de informações associadas a um assunto específico, que se multiplica exponencialmente em pouco tempo. Caso da pandemia pelo Covid.


Segundo a Organização Panamericana da Saúde (OPAS), em março de 2020, foram carregados 361 milhões de vídeos no YouTube com a classificação “COVID-19” e “COVID 19”, e cerca de 19.200 artigos foram publicados no Google Scholar desde o início da pandemia. Foram cerca de 550 milhões de tuítes continham os termos coronavirus, corona virus, covid19, covid-19, covid_19 ou pandemic [pandemia] naquele mesmo período.


Ao longo deste último ano, outros tantos conteúdos foram gerados e multiplicados carregando consigo a desinformação. Desinformar significa produzir ou compartilhar informação imprecisa ou falsa com a intenção deliberada de enganar ou induzir ao erro.


A maior parte da população é induzida ao erro e, num movimento de COLABORAR, acabam criando um sistema de distribuição de informações inverídicas. Num momento de pandemia, essa disseminação torna-se ainda mais perigosa, virando mais uma área de atenção para a saúde.


Quantas pessoas se prejudicam ou colocam outros em risco por acreditar em uma informação falsa, mas que recebeu de alguém de sua extrema confiança?


E o que podemos fazer para não sermos mais um vírus da INFOPANDEMIA?


- Verifique se a fonte é confiável. Geralmente eu copio o título da matéria e coloco no google. Se é inverídica, já vai aparecer por ali.


- Quando a matéria fala de política e de informações direcionadas para a pandemia (especialmente neste momento), eu busco as agências de checagem. Essas agências realizam o caminho da informação e verificam a origem delas, com metodologia e responsabilidade. Eu gosto de pesquisar em algumas:


- Se você for compartilhar no whatsapp e ele informar que esta mensagem está sendo compartilhada com frequência, pise no freio. Se você não tiver certeza da fonte, não compartilhe.


Eu tenho uma estratégia pessoal.


Clico em links, assisto vídeos, vejo jornais nem entro em site de notícias em determinado horário do dia. No restante das horas, acesso o que está diretamente ligado ao meu trabalho e objeto de estudo. A noite eu dou uma “alienada”. Vejo uma série, um filme, um programa qualquer ou leio algo que separei ao longo do dia.


No começo da pandemia, me vi muito ansiosa. O medo da doença era gigante e eu vi crescer uma necessidade de SABER sobre a epidemia, a doença, o tratamento, o alcance social, político, econômico. Eu consumia informações quase 24 horas e isso foi me deixando cada dia mais esgotada. O fluxo de informações e a minha preocupação em verificar a veracidade delas me consumiram de maneira muito grande.


Foi então que comecei a me impor restrições de horários. Quando vem algum link, algum material, enfim, algo que eu fique com interesse em ler, eu abro um bloco de notas e copio lá. Sendo arquivo, baixo numa pasta e lá na hora certa, eu leio. Também tenho a estratégia de um grupo de whatsapp comigo mesma, pra onde mando tudo que quero guardar e ver/ler depois.


Como meu trabalho pede concentração, pesquisa, foco e os atenção no atendimento aos meus clientes e cumprimento de prazos, deixo as horas para estas tarefas SOMENTE para elas. Exige disciplina – que às vezes eu não cumpro – mas que traz um bom resultado.


Nós já convivemos com muitos desafios e combater a INFODEMIA é mais um obstáculo que devemos aprender a superar, para evitar a disseminação de informações erradas. As fake news podem ser usadas de maneira muito cruel e ardilosa, para mobilizar e convencer determinado grupo de pessoas sobre determinado assunto.


E, por fim, acho importante deixar uma adaptação da célebre frase do Saint Exupery:


“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que COMPARTILHAS”.
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